quarta-feira, 9 de junho de 2010

Inconformismo não é relativo

É cada vez maior meu inconformismo com este mundo pós-moderno. Por mais que eu esteja vivendo a fase da juventude, em que aliar a liberdade e o vigor da idade traz consigo as melhores experiências, não consigo me encaixar na marola que leva o cardume. É como se eu fosse a própria maré, chocando diariamente suas ondas nas rochas com a esperança de perfurá-las.

No tempo da avó Amélia os sexos eram dois, só era casado se tivesse papel passado, mentira era mentira, a mulher era feminina, sim era sim e não era não.Embora eu não seja simpatizante de absolutos, sinto uma falta absurda deles no meu cotidiano.
Principalmente do certo e do errado.

É fato que o equilíbrio nunca se deu com o extremo, mas viver sem parâmetros também não permite fazer escolhas sensatas.
Quando o relativo se torna padrão, tê-lo como base te torna uma pessoa corruptível, vacilante e manipulável.

A geração cinza (nem preto, nem branco) se expressa nas suas diferentes idades.
Crianças querendo ser sensuais, adolescentes hermafroditas, do tipo que quando se olha é impossível definir o sexo 'daquilo' e jovens sem referenciais, perdidos no meio de tantas incertezas.

Defender a heterossexualidade, acreditar no casamento, não fazer parte da vulgaridade feminina, ser o único NÃO entre as afirmativas pode fazer-me a mais tapada e retrógrada.
Que seja...de qualquer forma, continuo inconformada.